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O evento teve como principal objectivo informar sobre as novas estratégias de sustentabilidade na área da construção, bem como sobre as iniciativas empresariais e municipais na área da biodiversidade. Na Sessão de Abertura esteve presente a Dra. Ana Catita, Sub-Directora Geral da DGOTDU – Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, em representação da Secretária de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades e Presidente da APEMETA, Eng.º Carlos Iglésias. A Sessão da manhã, moderada pela Dra. Ana Catita, Sub-Directora Geral da DGOTDU, deu início com o Prof. Sidónio Pardal, reconhecido Urbanista e Professor da Universidade Técnica de Lisboa, que transmitiu a sua visão quanto à sustentabilidade do planeamento e desenvolvimento do território, defendendo que em muitos casos o planeamento é responsável pelo atraso do desenvolvimento do território. A Engª Ana Paula Simão, Chefe de Divisão dos Resíduos Especiais e Solos contaminados da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, apresentou o tema da responsabilidade ambiental e as obrigações decorrentes do diploma DL Nº 147/2008, de 29 de Julho. Informou que a garantia financeira é obrigatória, desde 1 de Janeiro de 2010 e pode ser efectuada através de seguro, garantia bancária, fundo próprio ou fundo ambiental. Esclareceu quais as actividades que estão abrangidas pela responsabilidade ambiental e informou sobre a estratégia de actuação da APA, sobre esta matéria. A Arq. Gabriela Moniz do Gabinete do Território da ARH Tejo apresentou a Gestão Integrada da Zona Costeira para a região de Lisboa, informando que actualmente estão em vigor quatro Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) na área da ARH Tejo. Efectuou a avaliação dos POOC de 1ª e 2ª geração, apresentando as oportunidades e desafios dos POOC da 2ª geração. A Arq. Margarida Almodóvar, Directora do Departamento de Ordenamento e Regulação do Domínio Hídrico do INAG incidiu na apresentação dos objectivos e metodologia do Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo (POEM), acrescentando que o POEM está sujeito a Avaliação Ambiental Estratégica. Referiu que a equipa responsável pela elaboração do Plano é multidisciplinar, é coordenada pelo Instituto da Água (INAG) e tem como representantes os Ministérios presentes na Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar (CIAM). A Arq. Carla Silva da Ecochoice apresentou exemplos de cidades sustentáveis, referindo os serviços de ambiente urbano sustentável, especificando as auditorias à sustentabilidade. A Sessão da Tarde, moderada pelo Dr. José Costa Tavares, Director da AECOPS, arrancou com o painel “Implementação de Práticas Ambientais no Ordenamento do Território”, sendo a primeira apresentação sobre os Planos Municipais de Redução de Ruído, efectuada pelo Director Geral da dbLab. Este especialista informou que a grande maioria dos Municípios já efectuaram mapas de ruído e já procederam à classificação das zonas, adiantou que muitos Municípios já avançaram mesmo para os Planos de Redução de Ruído. De seguida, a Engª Ana Luísa Forte do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), apresentou a iniciativa empresarial Business & Biodiversity (B&B), informando que até Abril de 2010 aderiram 50 empresas a esta iniciativa voluntária da União Europeia, que tem como objectivo aumentar o relacionamento entre as empresas e a biodiversidade. Ainda sobre a mesma temática, o Dr. Nuno Oliveira, Director da empresa AmBioDiv, Lda, empresa de consultadoria especializada em Gestão de Biodiversidade, Avaliação de Ecossistemas e Conservação da Natureza, referiu a adesão da Ambiodiv à iniciativa B&B, esclarecendo que esta iniciativa se enquadra na responsabilidade social. Especificou a actividade de avaliação da Biodiversidade e realização da baseline da Biodiversidade. A Vereadora Dra. Paula Silva, apresentou as iniciativas de conservação da Biodiversidade desenvolvidas pelo Município de Pombal, referiu as visitas guiadas e o projecto Rios, como algumas das iniciativas de divulgação e formação desenvolvidas pelo Município, informou ainda sobre as iniciativas do Município em matéria de espaços verdes e turismo da natureza. O Arq. José Pequeno, da empresa DST – Domingos da Silva Teixeira, SA, apresentou a tecnologia inovadora ET3, que consiste num Sistema estrutural bioclimático inovador na construção, é um sistema constituído por madeira e vidro, com vantagens de eficiência energética e de grande transportabilidade. Referiu a grande aceitação deste produto no mercado, especificando o caso da torre turística transportável, aplicada na EXPO 2010 Xangai. A Vereadora Dra. Hortênsia Menino, do Município de Montemor-o-Novo, apresentou o Sistema Municipal de Recolha e Reciclagem de Resíduos de Construção e Demolição do Município, informando que este sistema foi um dos primeiros sistemas de recolha e reciclagem do País e que está licenciado desde 2006. Adiantou ainda que há interesse na compra dos agregados reciclados e apresentou os benefícios do sistema, entre os quais a diminuição de depósitos ilegais detectados e a menor deposição de RCD em aterro. A Quercus fechou a sessão de trabalhos da parte da tarde, tendo a Engª Ana Rita Antunes, apresentado o projecto Eco-casa, como uma boa prática para o uso eficiente de energia e água no sector doméstico. Este projecto com início em 2004, se fosse aplicado a todas as famílias de Portugal permitiria uma redução de 586 mil toneladas de CO2, ou seja, cerca de 1% para o cumprimento do Protocolo de Quioto. Quanto à redução dos consumos de água os resultados foram muito positivos, informando que a instalação dos redutores de caudal, teve um impacto muito positivo essencialmente na diminuição dos consumos de água a nível dos duches. De seguida procedeu-se ao encerramento da sessão, agradecendo a presença de todos os Oradores, Patrocinadores e Participantes do evento.