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Depois da sessão de abertura realizada pelo Presidente da APEMETA Eng.º Eduardo Dias Lopes, os trabalhos iniciaram, moderados pelo Prof. Paulo Ferrão, do IST Instituto Superior Técnico.
A Estratégia Nacional de Gestão de Resíduos, apresentada pelo Eng.º Francisco Barracha, Vice-Presidente do INR, Instituto dos Resíduos passa pelo princípio da implementação de uma efectiva política de redução, reutilização, reciclagem e valorização com a envolvente da co-responsabilização dos cidadãos, autarquias e industriais.
Afirmou a existência do mercado dos resíduos, com intervenientes preparados, consequência do resultado de um trabalho, que teve por base a identificação dos problemas ambientais, relacionados com os resíduos e medidas de acção previstas já divulgadas.
O Dr. Alexandre Bettencourt, do INR apresentou a comunicação relativa ao quadro legislativo sobre o regime jurídico da gestão dos resíduos, fixado pelo Decreto-lei nº 239/97 de 9 Setembro, nomeadamente sobre as dificuldades de aplicação daquele diploma e propostas de alteração.
Os Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos, foi a temática apresentada pela Eng.ª Filomena Lobo do INR, que se baseou no Decreto-Lei nº 3/2004, de 3 de Janeiro sobre criação dos CIRVER. Focou os aspectos relacionados com o licenciamento da instalação e sua exploração.
Destacou como objectivo principal, dotar o país de infra estruturas com capacidade para a auto-suficiência na gestão de resíduos e promoção das opções de valorização, através da implementação de operações que minimizem as quantidades e as características de perigo dos resíduos a depositar em aterro.
O Prof. Paulo Ferrão do IST, apresentou-nos o tema “Mecanismos para Promoção de Simbioses na Valorização de Resíduos: Contributo de uma Bolsa de Resíduos”.
Fez referência à fase de implementação de um mecanismo de simbiose em Portugal a obedecer a um modelo devidamente planeado, fez referência, à definição de competências, ao modo de funcionamento que se configura na solicitação de autorização para transacção, à Bolsa de Resíduos, esta valida e notifica o Instituto dos Resíduos, que autoriza ou não a transacção.
A solicitação à Bolsa, é feita de acordo com uma declaração certificativa de que os resíduos a transaccionar poderão ser reconvertidos em matéria-prima, num processo produtivo declarado.
Com base na promoção do investimento em áreas potenciais de desenvolvimento, o Dr. Rui Correia Pedras, Gestor do programa PRIME, apresentou alguns dos incentivos ao Investimento e Sustentabilidade Ambiental.
Focou as linhas de actuação do PRIME; sectores de actividade apoiados; eixos prioritários de actuação, medidas e instrumentos, para cada eixo de actuação, bem como o balanço orçamental 2000-2006, distribuído pelos três eixos prioritários.
Identificou o papel do PRIME em termos de ambiente e desenvolvimento sustentável bem como os respectivos impactes de acordo com as diferentes áreas ambientais, salientando a maior ou menor intensidade do impacto distribuídos pelos diferentes eixos.
No propósito de apoiar as empresas para o reforço da competitividade sustentada e desenvolvimento dos negócios, a Dr.ª Maria João Amaral do IAPMEI, apresentou o programa Benchmarking e Boas práticas, Apoio à Melhoria do Desempenho das PME, que o definiu como um processo sistemático e contínuo que permite a comparação do desempenho das organizações face ao que é considerado “o melhor nível”, visando não apenas a sua equiparação, mas também a sua ultrapassagem.
Os resultados dos exercícios de Benchmarking, aplicados a empresas do sector ambiental foram apresentados pelo Eng.º Eduardo Dias Lopes presidente da APEMETA que é um consultor nacional de Benchmarking acreditado pelo IAPMEI.
Foi de seguida ilustrado o exemplo da Sondar, Amostragens e Tecnologias do Ar, pelo Eng.º Carlos Pedro Ferreira, responsável da empresa.
A sessão de trabalhos da tarde, moderada pelo Dr. Carlos Alberto Alves vogal da Direcção da APEMETA, iniciou-se com a apresentação do tema recuperação de Aterro – “Landfill Mining”.
Sobre este tema o Eng.º Afonso Lobato Faria do ISQ, esclareceu que são projectos que consistem na extracção e posterior gestão por fileira dos resíduos de um aterro sanitário ou lixeira. Destacou como objectivos ligados a este tipo de projectos, o aumento da vida útil de um aterro e recuperação do espaço para outros fins.
Sobre o painel relativo aos Fluxos e Fileiras, o Eng.º Manuel Pássaro, da Sociedade Ponto Verde, apresentou o tema respeitante à Gestão de Resíduos de Embalagens, o seu enquadramento legal e estratégico.
Aproveitou para enfatizar sobre alguns aspectos que devem ser considerados no quadro do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos, relacionados com o melhoramento do quadro Jurídico, formação, incentivos entre outros.
Seguiu-se a apresentação da Eng.ª Paula Santana, do INR, com o tema Redução dos Biodegradáveis em Aterros. Deu-nos a conhecer a legislação aplicável, o Decreto-lei nº 152/2002, de 23 de Maio, (transpõs a Directiva 1999/31/CE, relativa à deposição de resíduos em aterro) a estratégia nacional do ponto de vista do seu enquadramento, evolução dos objectivos, acções a desenvolver, balanço, investimento e financiamento.
A intervenção da Eng.ª Filomena Lobo, na sessão da tarde, sobre o tema Veículos em Fim de Vida (VFV), teve por base o quadro legislativo em vigor sobre os princípios, objectivos de gestão e responsabilidades.
O transporte dos veículos em fim de vida bem como os Centros de Recepção e as competências da Entidade Gestora, foram abordados detalhadamente.
Os Novos Desafios do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos, foi o tema de apresentação da Eng.ª Susana Lopes, Coordenadora do Departamento de Novos projectos da Lipor.
Destacou o empenho e dinâmica da Lipor na estratégia de desenvolvimento sustentável definida.
Sobre Gestão e Valorização de Resíduos Eléctricos e Electrónicos, o Dr. Bruno Vidal da Intercycling, definiu quais os equipamentos que integram os REEE’s e seus principais elementos poluidores. Mencionou a este propósito, a legislação Nacional e Europeia. Apresentou-nos de uma forma sucinta o panorama actual de destino, entidade gestora e unidade de reciclagem, primeira em Portugal com um processo de certificação em curso pela 9001 e 14001.
Encerrou-se a sessão de trabalhos, depois de um interessante e participado debate, com as intervenções de diversos organismos públicos e privados.