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O Seminário da APEMETA, Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias Ambientais, sobre “Eficiência Energética e Energias Alternativas”, decorreu no passado dia 6 de Junho, no Auditório da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, em Lisboa, tendo reunido 80 profissionais, essencialmente, responsáveis da administração pública, central e local, responsáveis de empresas do sector energético, responsáveis de empresas do sector do ambiente e de empresas de construção, de consultadoria, entre outros. Na Sessão de Abertura o Presidente da APEMETA, Eng.º Carlos Iglézias destacou a importância do tema, referindo ainda que todos podemos e devemos dar o nosso contributo para a eficiência energética. De seguida, o Dr. Paulo Lemos, Vogal do Conselho Diretivo da APA, referiu que em 2010, Portugal foi o 3.º país da Europa que utilizou mais energia renovável. Indicou que Portugal está a apostar forte neste tipo de políticas e que ainda existe muito a fazer a nível nacional. O Diretor Geral, da DGEG – Direção Geral de Energia e Geologia, Eng.º José Escada da Costa, salientou que a política energética pretende reforçar a competitividade no setor, potenciando um maior equilíbrio entre os três pilares de sustentabilidade. Portugal deve procurar garantir o cumprimento dos compromissos assumidos internacionalmente em matéria de energia. Por fim referiu que os objetivos para 2020 não estão totalmente garantidos, tendo o governo decidido rever os planos energéticos nacionais, por forma a garantir a eficiência técnico-económica do setor no horizonte 2020. A Sessão da manhã, moderada pela Prof.ª Teresa Ponce de Leão, Presidente do LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia, deu início com o Prof. Eduardo Oliveira Fernandes, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto que apresentou o tema “Eficiência Energética – Como se Promove e se Avalia”. Como conclusões referiu que não há plano de eficiência energética sério sem envolver as cidades, a diversificação do “cabaz energético” reclama uma melhor informação e a promoção de eficiência energética requer um “discurso”, uma política energética de longo prazo e um plano de eficiência energética elaborado com realismo e sentido de estado. A Eng.ª Ana Isabel Oliveira, da DGEG – Direção Geral de Energia e Geologia apresentou o tema “Eficiência Energética a nível da Administração Pública”, referindo que o principal objetivo consistia em alcançar um aumento da eficiência energética de 20% até 2020. No entanto o atual governo aumentou a exigência relativamente à melhoria de eficiência energética do país (redução em 25% do consumo até 2020), com o estado a dar o exemplo (redução em 30% do consumo até 2020), combatendo os desperdícios, os custos e aumentando a sustentabilidade do uso de energia. A Eng.ª Fátima Alpalhão, da ADENE – Agência para a Energia, apresentou o tema “Eficiência Energética a nível dos Edifícios Habitacionais e de Escritório”. Deu a conhecer o atual cenário legislativo, tendo por objetivo promover a melhoria do desempenho energético dos edifícios, estabelecendo requisitos em matéria de metodologia de cálculo do desempenho energético integrado dos edifícios; aplicar requisitos mínimos para desempenho energético dos novos edifícios sujeitos a grandes obras de renovação e fazer inspeções regulares de caldeiras e inspeções de ar condicionado. Relativamente ao Sistema de Certificação Energética, abordou o certificado energético e as medidas de melhoria, referindo que perto de 10% dos edifícios em Portugal já têm certificado. Como desafios futuros referiu que é necessário adaptar a atual legislação para fazer cumprir as imposições da diretiva 2010/31/EU, de forma a aumentar o desempenho energético do parque edificado com especial destaque para os edifícios sujeitos a intervenções; caminhar para que em 2020 o parque edificado novo seja de energia quase zero (edifícios com pequenas necessidades de energia, supridas por recurso a energias renováveis) e que os imóveis aquando da sua promoção imobiliária possuam classificação energética. O Eng.º Jerónimo Cunha, da DGEG – Direcção Geral de Energia e Geologia apresentou o tema “ Planeamento Estratégico: Desafios e Condicionalismos”. Salientou que o Planeamento Energético deve ser visto como um trabalho transversal a todo o setor energético. O desenvolvimento de mecanismos eficientes de planeamento energético torna-se essencial para a persecução dos objetivos. A previsão dos consumos de energia é uma das peças fundamentais no que toca ao planeamento, pois permite apoiar o desenvolvimento de novas políticas e medidas, permitindo também monitorizar e avaliar o cumprimento das políticas e medidas. Como consideração final indicou que o planeamento energético constitui um instrumento importante para definir o melhor modo de atingir os objetivos que se impõem ao setor energético, a curto, médio e longo prazo, de um modo integrado, visando a sustentabilidade e salvaguardando a segurança de abastecimento. O Prof. António Sá da Costa, Presidente da APREN – Associação das Energias Renováveis apresentou o tema “Energias Renováveis – Novos Desafios”. Informou que foi já instalado em potencial renovável em Portugal, cerca de 8600 M€, sendo que 69% do capital das empresas é estrangeiro (6 000 M€). Quanto às tendências dos custos de investimento das Renováveis, verifica-se que os custos de investimento quer da eólica quer da solar fotovoltaica têm decrescido ao longo dos últimos anos. O preço do petróleo é instável, no entanto os custos das energias renováveis trazem estabilidade, pois são independentemente das subidas e descidas do preço de combustíveis fósseis. O Eng.º Luís Fernandes, Membro da Direção da RNAE – Associação das Agências de Energia e Ambiente, apresentou o tema “Revisão do Documento de Referência para a Eficiência Energética na Iluminação Pública”. Informou que o principal objetivo deste documento é dotar os Municípios/Decisores de um instrumento que aponte para soluções sustentáveis do ponto de vista de eficiência energética na iluminação, independentemente da fonte ou da tecnologia utilizada. Este documento não se aplicará a iluminação de zonas especiais urbanas, iluminação festiva, iluminação monumental, instalações militares, túneis, iluminação de segurança ou outras que sejam objeto de regulamentação específica. Por fim referiu as principais alterações na iluminação pública, fora e dentro do perímetro urbano, zonas pedonais, ciclovias e jardins, seleção das classes em diferentes períodos noturnos e poluição lumiosa. A Sessão da Tarde, moderada pelo Eng.º António Eira Leitão, Presidente do Conselho de Gerência da Hidroerg, deu início com a apresentação do Eng.º António Silva, Business Stream Systems Manager da TÜV Rheinland Portugal que apresentou o tema “Nova Norma Internacional para os Sistemas de Gestão de Energia (SGEn) – ISO 50001:2011. Informou que a Norma 50001:2011 aplica-se a todas as organizações que pretendam gerir de forma eficiente as fontes de energia que usam, a redução das suas emissões gasosas, a redução de custos energéticos e o aumento da sua competitividade. De seguida o Dr. José Alberto Pereira, da CGD – Caixa Geral de Depósitos, apresentou o tema “Apoios da Banca para Investimentos na Área Energética”. Informou sobre a oferta da Caixa para PME’s, esclarecendo que já está disponível uma nova linha “caixa empresas”, vocacionada para as empresas exportadores. Deu também a conhecer a oferta caixa energias renováveis. O painel “A Internacionalização das Empresas” iniciou com o tema “As Ações Organizadas de Comércio Externo”, pelo Eng.º José Vital Morgado, Administrador Executivo da AICEP, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. Salientou que o crescimento económico está intimamente ligado ao setor da energia e da eficiência energética. As exportações de bens e serviços totalizaram 61,7 M€ em 2011, apresentando 1 taxa de crescimento face a 2010 de 13,3% e de 27,7% relativamente a 2009. A componente de bens representou 69% das exportações totais e de serviços 31%. Por fim salientou a importância da internacionalização, oportunidades de negócios e Projetos individuais de internacionalização. O Eng.º José Cruz Morais, administrador da Coba – Consultores de Engenharia e Ambiente S.A, apresentou o tema “Exportação de Know-How e Serviços”. Deu a conhecer o trabalho efetuado pela Coba ao longo do tempo na área de energia. Referiu que é importante internacionalizar, dado que existem em Portugal poucas oportunidades e ao internacionalizar existe a criação de novas oportunidades em países emergentes. Informou que as empresas ao internacionalizarem, devem ter em conta a competitividade e o conhecimento do mercado. Por fim salientou que a exportação de Know-how e Serviços é geralmente mais eficiente e económica na sede. Encerrando o painel, o Eng.º Pedro Cunha Reis da Efacec Engenharia e Sistemas, S.A, apresentou o tema “Exportação de Sistemas para Produção de Energia”. Abordou de uma forma geral a intensidade energética de Portugal no contexto europeu, a dependência energética, bem como o peso das renováveis. Por último referiu a atividade industrial da Efacec Renováveis ao nível do fabrico de eletrónica de potência nos setores solar, vento e ondas; produção de conversores eletrónicos e centrais fotovoltaicas e eólicas.