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Na Sessão de Abertura esteve presente o Eng.º Carlos Iglézias, Presidente da APEMETA, que agradeceu a presença de todos os participantes, oradores e moderadores.
A sessão da manhã moderada pelo Eng.º Jorge Rodrigues de Almeida da Empresa RdA Climate Solutions, teve início com o tema “Diretiva Europeia de Eficiência Energética – Prioridades e Implementação”, apresentado pelo Eng.º João Bernardo, da Direção de Serviços de Sustentabilidade Energética da DGEG (Direção-Geral de Energia e Geologia). Começou por dissertar que as metas da UE para 2020 traduzem-se em objetivos muito ambiciosos para Portugal. Abordou a Diretiva 2012/27/UE relativa à Eficiência Energética e indicou que estabelece um quadro comum de medidas de promoção da Eficiência energética na UE, afim de assegurar até 2020 a meta de 20% em matéria de Eficiência Energética. Salientou que a Diretiva estabelece também regras destinadas a remover os obstáculos no mercado da energia e a ultrapassar as deficiências do mercado que impedem a eficiência no aprovisionamento e na utilização de energia. Para finalizar destacou as oportunidades para Portugal na implementação da Diretiva da Eficiência energética, nomeadamente, renovação de edifícios públicos e habitação social, papel exemplar dos edifícios dos organismos públicos, redes e sistemas de contagem inteligentes, auditorias energéticas e promoção da eficiência energética nas empresas.
O Professor António Sá da Costa, Presidente da APREN (Associação de Energias Renováveis), apresentou o tema “União Energética entre Portugal, França e Espanha – Investimentos e Benefícios”. O especialista começou por explicar o funcionamento do mercado de eletricidade entre 2 regiões, mencionando por exemplo que se existe um mercado que tem um preço elevado de eletricidade e outro que tem um preço baixo, a eletricidade se houver interligação, vai fluir do que tem o preço mais baixo para o que tem o preço mais alto. O preço mais baixo vai subindo porque à medida que houver pedidos de eletricidade vão entrando tecnologias que são mais caras e que tinham ficado de fora. Assim, à medida que essa eletricidade mais barata vai entrando no mercado que tem o preço mais alto as tecnologias mais caras vão “saltando”, e isto vai acontecer até os preços ficarem iguais. Salientou que temos de ter capacidade de produção de eletricidade de reserva, e que se houver interligações podemos dividir a capacidade de reserva de centrais entre todos os países que estão interligados. Em jeito de conclusão referiu que uma interligação é um caminho de 2 sentidos.
Antes da pausa para café o Eng.º Orlando Paraíba da RNAE (Associação das Agências de Energia e Ambiente), apresentou o tema “ O Papel das Agências de Energia para a Sustentabilidade dos Territórios”. Deu a conhecer os objetivos da RNAE, a sua Visão, bem como a Missão das Agências de Energia. Quanto ao papel da RNAE e das Agências de Energia referiu que têm um papel muito importante na utilização racional de energia, na redução do consumo de energia e na redução da fatura energética.
O Painel dos “Apoios Financeiros ao Investimento” teve iniciou com o tema “ICP Europe – Investor Confidence Project Europe”, apresentado pelo Eng.º Jorge Rodrigues Almeida da Empresa RdA Climate Solutions. Mencionou que este projeto recebeu financiamento do programa de investigação e inovação Horizonte 2020 da União Europeia. Este projeto veio facilitar o mercado global de financiamento para investidores institucionais que parecem depender de produtos padronizados. Salientou que o Investor Confidence Project irá acelerar o desenvolvimento de um mercado de eficiência energética global através da redução dos custos de transação e engenharia enquanto aumenta a fiabilidade e consistência das economias energéticas. A longo prazo, a iniciativa pretende desenvolver uma classe de ativos, que irá possibilitar investimentos por parte dos mercados de capitais em projetos de eficiência energética.
Seguiu-se o Eng.º João Paulo Calau, Diretor Executivo do PNAEE – Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética, que apresentou o tema “FEE – Fundo de Eficiência Energética”. Começou por referir que o FEE é um instrumento financeiro que tem como finalidade financiar os programas e medidas previstas no Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE 2016) e incentivar a Eficiência Energética por parte dos cidadãos e das empresas. Salientou que foram aprovados 2,4M€ em incentivos à eficiência energética, representando cerca de 6M€ ao nível da economia nacional. Por fim deu a conhecer o prazo para a submissão de candidaturas.
A Sessão da tarde moderada pelo Dr. Hélder Gonçalves, Vogal do Conselho Diretivo do LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia, iniciou com o tema “Contributo das Energias Renováveis para o Setor Elétrico”, apresentado pelo Eng.º Rui Pestana da REN – Redes Energéticas Nacionais. Referiu que o ano 2014 foi excelente (62%) no contributo das Energias Renováveis para a satisfação do consumo elétrico e que o mix energético em Portugal está bem diversificado. Salientou que a capacidade de importação está a ser limitada para dar prioridade a energias renováveis nacionais.
O Professor António Sá da Costa, Presidente da APREN, abordou o tema “Compromisso para o Crescimento Verde – Novo Acordo para o Setor da Energia”. Começou por dar uma visão global referindo que em 2014 quase metade das novas fontes foram de renováveis, confirmando a lenta e gradual transição para um Sistema Energético mais sustentado. Mencionou que a energia em Portugal tem vindo a aumentar representando já 28% da energia final utilizada. Durante a sua apresentação falou ainda sobre o impacto do setor da eletricidade renovável em Portugal. Em jeito de conclusão referiu que as renováveis devem ser encaradas como uma política de carácter transversal e continuado, sendo uma das bandeiras do nosso País, e como um exemplo de um sector que contribui para a economia, criação de emprego, qualidade ambiental e desenvolvimento regional.
A última comunicação foi levada a cabo pelo Eng.º Marco Correia, Coordenador da Direção de Energia da Empresa Vivapower que apresentou o tema “Sistemas de Autoconsumo e Mitigação”. Começou por referir que o Autoconsumo é a produção de eletricidade destinada ao consumo na instalação de utilização, a qual está associada à respetiva unidade produtora e que a produção de energia é baseada em tecnologias de produção renováveis ou não renováveis e com ou sem ligação à rede elétrica pública. Como vantagens indicou a redução direta da fatura de eletricidade, a redução das necessidades elétricas em ponta, entre outras. Quanto à atividade de unidade de pequena produção salientou que a tarifa de referência varia consoante o tipo de energia primária utilizada, e que a eletricidade vendida é limitada a 2,6 MWh/ano, no caso de solar, biomassa, biogás e eólica, e a 5 MWh/ano no caso das restantes situações por cada KW de potência instalada.
A Sessão de Encerramento do Seminário foi levada a cabo pelo Dr. Hélder Gonçalves, que agradeceu a presença de todos os participantes.