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O presidente da APA, que falou no passado dia 6 de junho na sessão de abertura do webinar “Circularity2Business”, promovido pela APEMETA (Associação Portuguesa De Empresas De Tecnologias Ambientais) no âmbito do Dia Mundial do Ambiente (5 de junho), referiu que o facto do atual modelo económico baseado na extração, utilização e descarte de recursos resulta na baixa taxa de reutilização de circulação dos diferentes recursos na economia: “De acordo com o programa das Nações Unidas para o Ambiente, todos os anos mais de 100 mil milhões de toneladas de recurso entram na economia global e apenas 8.6% destes materiais são reciclados”. Acresce que a quantidade de recursos utilizados triplicou desde 1970, acima do crescimento da própria população: “Tudo indica que vai duplicar até 2050: nem dois planetas serão suficientes para suportar este nível de utilização”. Apesar do potencial, a verdade é que Portugal encontra-se aquém da média europeia em termos de circularidade: “Precisamos de melhorar a eficiência e a ação no terreno relativamente à circularidade”, assume.

No âmbito da promoção da economia circular, Portugal tem o site “eco.nomia” e que, vai sendo atualizado com exemplos de experiências de circularidade no país. Além disso, a APA está a preparar um novo plano de ação para economia circular: “Já demos início aos trabalhos preparatórios, (…) tendo em conta a atualização de uma série de métricas e de ações que se justificam desde 2017: será possível aqui acrescentar valor”. Também, em estreita colaboração com a Comissão Europeia, a APA está a trabalhar em vários projetos, no âmbito do “programa de assistência técnica europeu” que abrange diferentes aspetos de economia circular, como a “incorporação de subprodutos”, a “eficiência material nos setores dos têxteis, construção e imobiliário” e os “instrumentos fiscais na ótica da utilização dos recursos e poluição”.

Ao nível de métricas, Nuno Lacasta lembrou que, em Portugal, a produtividade material é de 1.07€ por cada quilograma de material consumido, sendo que a média europeia é o dobro: “Temos mesmo de melhorar na utilização eficiente dos nossos recursos”. Outra matéria a melhorar é a política de autorização de desclassificação de resíduos: “Temos a necessidade de tornar mais flexível a desclassificação de materiais como por exemplo, de resíduos para produtos que possam ser reinseridos na economia”, remata.

Fonte: https://www.ambientemagazine.com/