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Um dos grandes desafios da sociedade moderna é lidar com os passivos ambientais gerados por antigas áreas industriais desativadas e a necessidade de ocupação desses espaços, que foram contaminados devido à prática e procedimentos com substâncias perigosas onde os cuidados com a proteção ao meio ambiente eram desconhecidas ou negligenciadas, e da ocorrência de acidentes ou vazamentos durante o desenvolvimento dos processos produtivos, de transporte ou de armazenamento de matérias-primas, produtos e subprodutos.
Estes fatos adquirem uma relevância maior quando possibilitam a exposição da população às substâncias, implicando, por consequência, a possíveis riscos à saúde humana.
Por essa razão a mensuração do impacto causado é um processo complexo e multidisciplinar que envolve a conciliação de informações de diversas áreas do conhecimento, e as normas contribuem sobremaneira para melhorar a qualidade técnica e eficiência das ações, protegendo o meio ambiente e a sociedade.
Para compensar, minimizar ou evitar impactos ambientais, as atividades económicas potencialmente poluidoras são objetos de legislações específicas ditadas pelos órgãos ambientais, disciplinadoras de procedimentos tecnológicos e operacionais capazes de promover a implantação de práticas sustentáveis de gerenciamento, fazendo com que as tomadas de decisões sejam frente aos riscos ambientais existentes, na remediação dos danos causados e na adoção de medidas preventivas à formação de novos passivos.
Assim, o reconhecimento da importância dos recursos naturais, e em particular do solo e da água, é fundamental para a existência de vida neste planeta. Pois, sem estes recursos não podem existir uma flora e uma fauna, que são totalmente interdependentes na situação atual.
O solo é a base de todos os sub-ecossistemas terrestres, constituindo o sustentáculo sólido que suporta a vida fora dos oceanos e que influencia a qualidade da água daqueles. Sem um solo de qualidade não podem existir recursos hídricos de qualidade e em quantidade.
A garantia de solo e de recursos hídricos de qualidade exige a ação concertada de diversas entidades, que contribui para que haja uma proteção do ambiente, num todo.
Desta forma, foram escolhidas as temáticas que se consideram pertinentes para a gestão e monitorização de solos e de águas superficiais e subterrâneas, na generalidade, tendo em conta os problemas que estão na ordem do dia em termos ambientais.
Neste seminário foram apresentadas nove comunicações que suscitaram um debate alargado:

Sistemas de Monitorização de Águas Subterrâneas – Panorama Nacional;
Gestão dos recursos hídricos tendo em conta a adaptação às alterações climáticas;
Os impactes das alterações climáticas nas áreas contaminadas/ degradadas e potenciais repercussões nos recursos hídricos;
Controle de qualidade na etapa de amostragem para fins de gerenciamento de áreas contaminadas;
A atuação da AESAS – Associação Brasileira das Empresas de Consultoria e Engenharia Ambiental;
Da responsabilidade ambiental à necessidade de descontaminação – Responsabilidade Ambiental no Cenário Brasileiro;
Estudos de caso no Brasil;
Monitorização do meio hídrico nas antigas áreas mineiras dos radioativos;
Gestão e Monitorização de Águas Superficiais e Subterrâneas nas Minas da Panasqueira.

Os presentes colocaram diversas questões aos oradores no sentido de: esclarecimentos, dúvidas, discordâncias, entre outros aspetos. Os oradores responderam às questões colocadas e estabeleceu-se uma discussão construtiva sobre variados aspetos que constaram das apresentações. Neste sentido todos os presentes ficaram mais informados sobre: o que se passa em Portugal, relativamente à monitorização das águas subterrâneas pela entidade competente – a Agência Portuguesa do Ambiente; o que tem de ser tido em conta na gestão dos recursos hídricos, tomando em consideração as alterações climáticas; as potenciais repercussões nos meios hídricos devido à presença de áreas contaminadas / degradadas / industriais como resultado dos eventos desencadeados pelas alterações climáticas; e a gestão e monitorização do meio hídricos em áreas mineiras.
A Diretora da Associação Brasileira das Empresas de Consultoria e Engenharia Ambiental esclareceu diversos aspetos relativos à atividade desta associação no Brasil e fez um intercâmbio de conhecimentos com diversos participantes. A Diretora da Soldi Ambiental especificou algumas das questões mais importantes na amostragem e no transporte de amostras ambientais, para a obtenção de resultados analíticos fiáveis.
Em suma, a ausência de legislação específica para reutilização segura das áreas contaminadas coloca em risco a saúde humana e impedem que esses riscos sejam mitigados. O nosso desafio é agir hoje pensando nas gerações de amanhã.
 
Para mais informações: Raquel Veríssimo raquel.verissimo@apemeta.pt
 
Publicado a 30 de novembro 2018