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O “XI Encontro Nacional de Gestão de Resíduos: Uma Nova Era?” contou com a presença da Senhora Secretária de Estado do Ambiente, Doutora Inês Costa, na Sessão de Abertura, e no Encerramento com o Dr. Nuno Lacasta, Presidente da Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente, através da Plataforma Zoom.

O evento contou com a presença de ilustres convidados especialistas do setor, que abordaram os seguintes temas:

– Desafios para o Setor dos Resíduos: PERSU 2030 – O que é que pode ser esperado?
– Oportunidades de Financiamento para o Setor dos Resíduos
– Recolha e Valorização de Biorresíduos – Como Vencer a Aposta?
– Como Mobilizar a População para a Mudança e para uma Verdadeira Cidadania Ambiental em Matéria de Resíduos Urbanos?
– A Valorização da Fração Resto e a Taxonomia – O que pode Portugal ainda fazer?
– SIGRE e o Sistema de Depósito – Complementaridade ou duplicação?
– O Mercado Paralelo e a forma de o combater.

No final do Evento contámos com a participação da Eng.ª Carmen Lima e da Dra. Paula Policarpo, que fizeram um Wrap Up, e que citamos de seguida:

A palavra que marcou este evento foi “Desafio”. Todas as participações e apresentações levaram a um entendimento de que este setor possui ainda um longo e árduo caminho pela frente. E a intervenção da Dra. Vera Eiró (ERSAR) frisou exatamente este facto – «Difícil, mas determinante para o futuro das gerações vindouras. O difícil não é impossível».

Teremos que ter a «colaboração, rigor e seriedade» de todos, segundo a Secretária de Estado do Ambiente, Doutora Inês Costa, para atingir os objetivos que são comuns.

Neste evento, o diálogo entre os diversos atores permitiu confirmar algumas constatações:

Constatações:

  • Produção de resíduos continua a aumentar;
  • As metas não são cumpridas;
  • Fraca fiscalidade;
  • Pouca monitorização;
  • Roubos dos resíduos valorizáveis;
  • Dados questionáveis;
  • Mercados paralelos;
  • Elevada quantidade depositada em aterro;
  • Capacidade dos aterros afetada;
  • Pouca aposta na prevenção e reutilização;
  • Recursos escassos para licenciar e acompanhar.

Levamos, no entanto, algumas preocupações connosco, que poderão ser úteis para redefinir um caminho. As diversas intervenções focaram as fragilidades que já se identificavam no setor:

Preocupações:

  • Business-as-Usual não tem levado ao cumprimento metas;
  • Metas para reduzir deposição em aterro para 10%;
  • Implementar recolha de novos fluxos e fileiras – fundamental – ex: biorresíduos;
  • A resposta “aterro” – crítico;
  • Recolha seletiva – capacidade deficitária;
  • Recolha envolvimento alguns atores (distribuição).

Contudo, sairemos deste evento igualmente com o sentimento de esperança. Esperança no futuro, na colaboração e empenho de todos e todas, esperança de que neste caminho será maior o impacte de parar ou voltar atrás, do que seguir em frente:

  • Novo PERSU;
  • Mais e maior Financiamento;
  • Integração – mobilidade sustentável, transição energética e mais resiliência no combate às alterações climáticas;
  • Colaboração e partilha entre entidades e organismos;
  • Novas tecnologias e novas soluções de recolha;
  • Comunicação com uma mensagem mais clara e simples;
  • Envolvimento da população e promoção da alteração de comportamentos;
  • Mais qualidade do reciclado;
  • Resíduos = recursos, aproveitar os nutrientes para enriquecer os solos;
  • Certificações dos processos de gestão e recolha;
  • Complementaridade entre a recolha seletiva e SDR;
  • Revisão da legislação para potenciar a melhoria da gestão de resíduos;
  • Avaliar e estudar a taxonomia associada ao setor dos resíduos, potenciando a economia circular.

Os anos passaram e assumimo-nos perante o futuro que nos reserva desafios. Após 20 anos, muito foi feito, mas ainda muito é preciso fazer:

  • Que tecnologia, que soluções, que ciclos para melhorar o setor e atingir as metas;
  • Como ajustar e tornar o setor transversal – interligando com a energia, aspetos ambientais, sustentabilidade, critérios definidos e emissões;
  • Como mobilizar a população, como comunicar e passar a mensagem – aumentar a triagem;
  • Como informar os consumidores sobre as obrigações;
  • Como cumprir metas com sustentabilidade financeira;
  • Como resolver a fração resto (incineração ou aterro);
  • Como combater os mercados paralelos;
  • Como integrar os diversos sistemas e unidades;
  • Como conduzir os atores na mesma direção – cidadania, circularidade e qualidade;
  • Como ajustar o quadro legislativo à realidade e às necessidades;
  • Como melhorar a informação.

Segundo o Eng.º Tiago Faria, «É pior não tomar uma decisão do que tomar uma decisão errada». Seguimos juntos nesta missão de deixar um Planeta melhor para todos.

O evento contou com cerca de 160 participantes, e com uma exposição de tecnologias e serviços, tendo sido um sucesso!

Mais Informações:
Raquel Veríssimo | comunicacao.imagem@apemeta.pt | 217506000/05