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João Pedro Matos Fernandes deu como exemplo de soluções de contingência que podem vir a ser necessárias o transporte de água em camiões-cisterna, de “pequenas soluções alternativas para poder aceder a água” e da “limpeza dos fundos de algumas albufeiras para aumentar o seu prisma de água”.
Sobre a suspensão da produção de eletricidade em cinco barragens, o ministro lembrou que existe uma hierarquia “bem definida” sobre o principal uso da água das albufeiras, que “é o consumo humano” e que todas as outras funções – como a produção de eletricidade e a rega das culturas – apesar de “certamente importantes, são menos relevantes do que o consumo humano”.
João Pedro Matos Fernandes disse também que decisão de suspender a produção de eletricidade em cinco barragens está já a dar resultados, com a do Alto-Lindoso a registar um aumento de dois metros no nível da água e a de Castelo de Bode uma recuperação de 12 centímetros. O ministro, segundo a mesma nota, admitiu também ser “possível – embora não desejável – prolongar o tempo de suspensão da produção de eletricidade”, se a cota mínima de garantia de água para dois anos de consumo humano não estiver garantida: “Sempre que a cota dessa mesma albufeira se aproximar desse valor, não pode haver produção de eletricidade, porque, repito, a função primeira do uso da água é o consumo humano”, sublinhou.
A primeira de cinco reuniões, lideradas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para avaliar as medidas técnicas a tomar contra a seca, decorreu esta quarta-feira, no Algarve, seguindo-se as restantes sub-regiões hidrográficas.
Atualmente existem cinco barragens onde a produção elétrica está suspensa: Alto Lindoso/Touvedo, Alto Rabagão, Vilar/Tabuaço, Cabril e Castelo de Bode, e a rega na Albufeira de Bravura.
Fonte: https://www.ambientemagazine.com/, 24-02-2022
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