Uma das razões para a sua eleição como Capital Verde Europeia prende-se com a Água. Nos últimos 10 anos, Lisboa viu nascer 400 hectares de áreas verdes com recurso a pouca água e “foi essa política de combate à escassez de água que foi valorizada” pela Comissão Europeia, revela o vereador. As novas áreas verdes da capital incluem bacias de retenção para “minimizar o impacto das grandes chuvadas”.
José Sá Fernandes garante que se está “a incrementar na cidade um uso de água que seja racional” e a construir uma rede para a água reutilizada: “Estamos a tentar fechar o ciclo da água e a tentar não gastar água potável em coisas desnecessárias como lavar ruas e regar”. A rede estará concluída em 2025 mas, no próximo ano, já estará apta em zonas como a frente ribeirinha de Lisboa, Bairro Alto, Parque Eduardo VII e a Cidade Universitária.
O vereador refere que a escassez da água vai ser um dos temas fortes da Capital Verde Europeia 2020 e espera que o problema seja discutido, entre todos os agentes, nas suas várias vertentes. Consequentemente, a questão da reutilização da água é um ponto “absolutamente chave”.
Outras questões a que Lisboa deverá dar primazia, enquanto Capital Verde, são o conhecimento mais aprofundado das águas subterrâneas, que “podem ser o último recurso de abastecimento ou fornecimento de água em vários territórios”, as inundações que afetam diferentes regiões e os problemas dos oceanos que terão palco na Conferência dos Oceanos, da ONU, que Lisboa acolhe também em 2020.
Fonte: www.ambientemagazine.com
Publicado a 31 de maio 2019