A capacidade de produção global de bioplásticos deverá aumentar de cerca de 2,1 milhões de toneladas em 2020 para 2,8 milhões de toneladas em 2025. Os biopolímeros inovadores, como o PP (polipropileno) de base biológica e especialmente os PHAs (polihidroxialcanoatos) continuam a impulsionar este crescimento. Desde que os PHAs entraram no mercado, a quota desta importante família de polímeros não parou de crescer. A capacidade de produção instalada deverá aumentar quase sete vezes nos próximos 5 anos. Também é de esperar um crescimento da produção de ácido poliláctico (PLA), em parte graças ao investimento em novas unidades de produção deste material na China, nos EUA e na Europa.
Atualmente, os plásticos biodegradáveis representam quase 60% da capacidade global de produção de bioplásticos. Tanto os PHAs como o PLA são de base biológica, biodegradáveis, e apresentam uma vasta gama de propriedades físicas e mecânicas.
Por outro lado, as previsões indicam que a capacidade de produção de PP de base biológica deverá aumentar para mais do triplo até 2025. O PP é um material muito versátil, com excelentes propriedades barreira, o que faz dele um dos plásticos mais difundidos, com aplicação nos mais variados setores. Há muitos anos que se espera uma versão biológica desta olefina.
Os plásticos de base biológica, não biodegradáveis (PE, PET e PA de base biológica), representam atualmente 40% (0,8 milhões de toneladas) da capacidade global de produção de bioplásticos. A produção de PE de base biológica deverá aumentar nos próximos anos com a entrada em funcionamento de novas unidades na Europa e na América do Sul.
Em contraste, o PET de base biológica contribuirá apenas com uma pequena parte para as capacidades globais. O ritmo de crescimento deste material, antecipado em anos anteriores, não se concretizou. Em vez disso, o foco deslocou-se para o desenvolvimento do PEF (polietileno furanoato), um novo polímero que deverá entrar no mercado em 2023. O PEF é comparável ao PET, mas é de base 100% biológica e, além disso, apresenta propriedades de barreira superiores, o que o torna um material ideal para garrafas de bebidas.
A embalagem continua a ser o maior campo de aplicação para os bioplásticos, com quase 47% (0,99 milhões de toneladas) do mercado global em 2020. Os dados também confirmam que os materiais bioplásticos já estão a ser utilizados em muitos outros setores, e o portfólio de aplicações continua a diversificar-se. Segmentos, tais como bens de consumo ou produtos agrícolas e hortícolas, continuam a aumentar a sua quota relativa.
Em termos de distribuição geográfica, a Ásia continua a ser um importante centro de produção, com mais de 46% dos bioplásticos a serem produzidos naquele continente. Atualmente, um quarto da capacidade de produção está localizado na Europa. Prevê-se que esta quota aumente cerca de 28 por cento até 2025. “Recentemente, foram anunciados investimentos significativos na nossa indústria, também no coração da União Europeia. A Europa deverá tornar-se um produtor chave de bioplásticos. O material desempenhará um papel importante na realização de uma economia circular. A produção ‘local para local’ acelerará a adoção de bioplásticos no mercado europeu”, diz Hasso von Pogrell, diretor geral da European Bioplastics.
A terra utilizada para o cultivo da matéria-prima renovável para a produção de bioplásticos está estimada em 0,7 milhões de hectares em 2020 e continua a representar 0,015 por cento da área agrícola global de 4,7 mil milhões de hectares. Apesar do crescimento do mercado previsto para os próximos cinco anos, a quota de utilização da terra para bioplásticos aumentará apenas ligeiramente para 0,02 por cento. “Não nos cansamos de enfatizar que não há concorrência entre as matérias-primas renováveis para alimentação humana e animal, e a utilização para bioplásticos“, diz von Pogrell, ”94 por cento de toda a terra arável é utilizada para pastagem, alimentação animal e alimentação”.
A atualização dos dados de mercado de 2020 foi compilada em cooperação com o nova-Institute (Hürth, Alemanha). Os dados relativos à capacidade global de produção de bioplásticos baseiam-se no estudo de mercado “Bio-based Building Blocks and Polymers” do nova-Institute (2020).
Fonte: https://oinstalador.com/
Mais informações:www.bio-based.eu/markets
Publicado a 30 de dezembro 2020