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À entrada para o Conselho Europeu e após uma reunião com o presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, e com o presidente de França, Emmanuel Macron, o Primeiro-Ministro, António Costa, referiu: “hoje chegámos a um acordo para ultrapassar definitivamente o antigo projeto, o chamado MidCat, e desenvolver um novo projeto, que designámos de Corredor de Energia Verde, que permitirá complementar as interconexões entre Portugal e Espanha, entre Celorico da Beira e Zamora, e também fazer uma ligação entre Espanha e o resto da Europa, ligando Barcelona e Marselha, por via marítima”.

Para o Primeiro-Ministro este acordo, agora alcançado, constitui um bom contributo dos três países “para o conjunto da Europa” e para o espírito de solidariedade comum que todos necessitamos para enfrentar esta crise» energética.

“Trata-se de uma boa notícia”, numa altura de crise energética, frisou o Primeiro-Ministro.

António Costa reaça que falta ainda “acertar os pormenores, do ponto de vista técnico”, em termos de financiamento europeu, nomeadamente através do que a Comissão Europeia pode destinar às interconexões europeias e também para acertarmos com a Comissão o financiamento desta nova ligação através da facilidade de interconexões europeias.

Gasoduto será para hidrogénio verde e outros gases renováveis

António Costa disse que este gasoduto será “vocacionado para o hidrogénio verde“ ou outros gases renováveis ainda que, transitoriamente, possa ser utilizado para” o transporte de gás natural até uma certa proporção”, acrescentando que “serão reforçadas também as interconexões elétricas”.

Referiu ainda que os três países vão reunir-se novamente em Alicante, Espanha, a 9 de dezembro,  antes da reunião que já estava marcada para a Cimeira dos Países do Mediterrâneo e do Sul da UE,  de modo a que haja tempo para que sejam acertados, do ponto de vista técnico, pormenores sobre esta ligação. António Costa destacou todo o trabalho diplomático, técnico e político feito ao longo do último ano, para se ter conseguido alcançar este acordo.

Acelerar a transição energética

O Primeiro-Ministro destacou dois dados “absolutamente fundamentais“ no novo acordo: ”a alteração da conjuntura energética na Europa e a compreensão de que temos que diversificar as fontes e as rotas de fornecimento de energia à Europa; e, também, as oportunidades que existiam relativamente ao gás natural”, uma vez que existe “hoje a tecnologia que nos permite apostar no hidrogénio verde e noutros gases renováveis”, contribuindo assim “para o esforço conjunto que todos temos de fazer para acelerar a transição energética”.

Assim – conforme refere – esta solução “em vez de insistir com as dificuldades ambientais dos Pirenéus, encontrou uma alternativa por via marítima e, das duas possíveis, foi encontrada a melhor porque é aquela que permite ligar àquilo que é a coluna vertebral da rede de hidrogénio verde europeia”.

Mais valias para Portugal

Na parte que diz respeito a Portugal, o Primeiro-Ministro disse que a ligação de 162 km, entre Celorico de Basto e Vale do Prado, já estava prevista para o hidrogénio verde, uma vez que “não faz sentido lançar um projeto que não tenha hoje esta vocação”.

António Costa referiu, contudo, que o transporte de gás natural neste gasoduto deverá ser proporcional para assegurar a segurança energética da Europa, “sem perder o foco que é: o de acelerarmos a transição energética para as energias verdes”.

Para o Primeiro-Ministro, o facto deste gasoduto chegar à fronteira com Espanha já é, para Portugal, uma enorme mais valia, porque permite o aumento da “nossa capacidade de estarmos conectados com o mercado, onde não somos só os dez milhões“ mas ”sessenta milhões, no conjunto da Península Ibérica”.

Fonte: https://oinstalador.com/