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No dia 6 de setembro de 2023, decorreu em Santarém, na Agroglobal 2023, o II Workshop Técnico do projeto H2020 PestNu intitulado “Promoção da Sustentabilidade na Produção Agrícola: Contribuição do Projeto PestNu”, organizado pelos parceiros nacionais do projeto, a empresa eborense AgroInsider e a APEMETA. O programa focou inovações tecnológicas em teste e demonstração no âmbito deste projeto europeu e contou com a partilha de experiências e boas práticas por membros nacionais do seu conselho consultivo.

O painel da manhã focou a Economia Circular (EC) na Agricultura e foi moderado por Cátia Pinto, do SFColab. Rita Silva, da APEMETA apresentou o projeto PestNu e os principais resultados do segundo ano de trabalho e os parceiros irlandeses do projeto (TelLab), apresentaram remotamente os sensores N, P, K de baixo custo e em tempo real, aplicáveis a unidades de hidroponia e aquaponia para a otimização de abordagens circulares. Em sala, a Neoalgae (Espanha), deu a conhecer a tecnologia para tratamento de águas residuais agrícolas (hidroponia e aquaponia) com produção de biofertilizante/bioestimulante a partir de microalgas. O Painel contou ainda com Josué Clemente, que testemunhou a importância da EC no percurso e planos futuros da Ascenza Portugal, produtora de soluções para a proteção de plantas, e Maria da Conceição Fernandes, do CEBAL, que elencou o potencial Contributo da Biorrefinaria para a EC na região alentejana.  O debate final sobre as oportunidades e desafios associados à adoção de tecnologias e práticas que promovem a EC na agricultura destacou a diversidade e crescente robustez das soluções, a par com barreiras a uma maior penetração no mercado, regulamentares e de (demonstração e) viabilização económica.

O painel da tarde foi dedicado à Transparência na Cadeia de Abastecimento de Alimentos e moderado por José Rafael Marques da Silva (UÉvora e MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura). Patrícia Lourenço, da AgroInsider, apresentou o Índice de Sustentabilidade Alimentar (FSi), em desenvolvimento no projeto PestNu, e que calcula as pegadas de carbono, água e nutrientes (NPK) associadas às culturas, permitindo aos agricultores avaliar a eficiência dos seus produtos em termos de recursos naturais, por exemplo comparando diferentes práticas dentro das suas parcelas ou ao longo do tempo, ou em relação à média regional. Esta visa apoiar de modo prático, a redução da pegada ambiental de cada alimento produzido e os objetivos Europeus.

O painel contou ainda com a intervenção de Cátia Pinto do SFColab, que focou a confiança e transparência dos dados no sector agrícola como fator chave para a adoção das tecnologias digitais, elencando desafios e oportunidades associados à gestão da informação bem como iniciativas em curso no laboratório colaborativo. José Rafael Marques da Silva apresentou o projeto PRR PEGADA 4.0 – Sustentabilidade da Atividade Agrícola Suportada por Processos e Tecnologias Inteligentes e a importância da digitalização para avaliar e comunicar a transparência e sustentabilidade da produção. Luisa Pinto da EDIA, testemunhou a abordagem colaborativa com o setor agrícola para a sustentabilidade no perímetro de rega da EFMA e Ondina Afonso, da SONAE MC focou a importância do tema para o retalho, e as iniciativas promovidas, nomeadamente em torno da Declaração para a Sustentabilidade do Clube de Produtores Continente. O painel encerrou com um debate destacando a importância da transparência e rastreabilidade de produtos alimentares para a prossecução das metas de sustentabilidade, o crescente número de iniciativas e o potencial da digitalização e dos dados no estímulo a novas tecnologias e soluções para esta demanda emergente da cadeia de valor.

A Agroinsider e a APEMETA agradecem a todos os participantes e parceiros pelo contributo para o sucesso do evento!

Saiba mais sobre o PestNu e o papel da APEMETA aqui

Conheça e registe-se na Plataforma Digital de apoio ao agronegócio PestNu em https://pestnu.eu/ !

Mais Informações:

Sobre o Pestnu:

O projeto PestNu visa o teste e demonstração em campo de tecnologias digitais e espaciais com práticas agroecológicas e orgânicas numa abordagem sistémica para reduzir a dependência de pesticidas prejudiciais, minimizar perdas de nutrientes dos fertilizantes, em paralelo com a maior transparência na cadeia de valor.

Neste âmbito, a AgroInsider tem vindo a aprimorar e demonstrar a sua tecnologia Agroradar, de monitorização agrícola (ex: nutrientes, pragas) com recurso a imagens satélite do programa Copernicus, da Agência Espacial Europeia. A informação gerada permite aos Agricultores, de forma intuitiva, monitorizar e inspecionar as suas culturas para uma gestão mais precisa e eficiente. Adicionalmente, com a aplicação SmartAG, os agricultores podem ainda acrescentar/registar dados georreferenciados (coordenadas de amostras, fotos, vídeos e sons do campo), enriquecendo a monitorização com esta informação, protegida por tecnologias de blockchain. Recentemente o Agroradar foi reconhecido pelo Innovation Radar da Comissão Europeia, uma iniciativa que pretende identificar inovações de alto potencial de projetos financiados pela União Europeia.